domingo, 18 de outubro de 2009

Era uma vez...




Sempre compramos livrinhos e DVDs dos clássicos contos infantis para o Victor,meu marido é um ótimo contador de histórias muito criativo nos efeitos sonoros,caras e bocas. Desde cedo temos incentivado nosso filho na criação de histórias,comunicação e ludicidade,depois de nos ouvir também repetia nossas histórias com muita graça. Deuns tempos pra cá estávamos preocupados com o conteúdo de seus contos pois havia uma mistura de fatos e locais bem como algumas "mentirinhas".Será que depois de tanto cuidado em lhe passar boas atitudes ele iria virar um "mentirosinho"? Algumas vezes até falamos que ele não estava contando direito a historinha pois ele inventava cenas que sabíamos que não havia acontecido. Felizmente iniciou o semestre e aprendi a tempo que nesta fase que ele está é normal acontecer esta mistura de contos de fada com fatos de sua realidade,faz parte de seu desenvolvimento cognitivo . Pude perceber através das leituras que também um adulto em fase de alfabetização, carrega em suas histórias fatos de seu cotidiano e das pessoas que contaram histórias a ela e/ ou faz uma mistura de vários contos. Dois fatos se destacam a partir destas aprendizagens, ao utilizar ficção e realidade a criança está aprendendo a lidar com as situações de seu cotidiano e neste seu experimentar e criar mistura o que está sendo mais forte em sua realidade . Não devemos tirar conclusões precipitadas sobre as narrativas das crianças mas é sempre importante conhecer os fatos e personagens de seu cotidiano, embarcar nesta aventura e estar atento aos detalhes é essencial .

Um comentário:

Beatriz disse...

Jaque, o Victor é um excelente contador de histórias!! Notastes como aceitou bem a tua definição de bruxo? Coube perfeitamente nas necessidades de entendimento que ele precisava naquele momento. Essa mistura de fantasia e realiddae, de descompasso temporal, de uma certa ilogicidade é própria da imaginação e da criação, nessa fase.
Como será que a escola mata essa criatividade, essa natural espontaneidade em falr e gesticular, em expor sem medo suas idéias, sem se preocupar em estar dizendo o que a prof quer ouvir?
Um abração
Bea