quarta-feira, 16 de junho de 2010

Vida de professora aluna



Educadora por opção queria estabelecer elos e criar conexões ,atingindo professores e alunos,fazendo com que os mesmops se sentissem motivados por novas aprendizagens.
Conhecer,explorar e ler o mundo além da mesmice e repetição,com opções para escolher e utilizando ferramentas,mídias e tecnologias disponíveis.
Desafiar os limites sempre com um sorriso no rosto,respeitando as diferenças,experimentando possibilidades,desvendando os quebra-cabeças,reconhecendo novas linguagens,aprendendo com alegria...
...Querendo saber sempre mais,entrando em contato,construindo um novo mundo,trocando idéias e semeando o futuro.

Oração do Professor

Dai-me, Senhor, o dom de ensinar,
Dai-me esta graça que vem do amor.

Mas, antes do ensinar, Senhor,
Dai-me o dom de aprender.

Aprender a ensinar
Aprender o amor de ensinar.

Que o meu ensinar seja simples,
humano e alegre, como o amor.
De aprender sempre.

Que eu persevere mais no aprender do que no ensinar.
Que minha sabedoria ilumine e não apenas brilhe
Que o meu saber não domine ninguém, mas leve à verdade.

Que meus conhecimentos não produzam orgulho,
Mas cresçam e se abasteçam da humildade.

Que minhas palavras não firam e nem sejam dissimuladas,
Mas animem as faces de quem procura a luz.

Que a minha voz nunca assuste,
Mas seja a pregação da esperança.

Que eu aprenda que quem não me entende
Precisa ainda mais de mim,
E que nunca lhe destine a presunção de ser melhor.

Dai-me, Senhor, também a sabedoria do desaprender,
Para que eu possa trazer o novo, a esperança,
E não ser um perpetuador das desilusões.

Dai-me, Senhor, a sabedoria do aprender
Deixai-me ensinar para distribuir a sabedoria do amor.

Autor: Antonio Pedro Schlindwein

terça-feira, 15 de junho de 2010

Coisas de mãe e professora





Fico pensando que a formação me tem proporcionado muitas oportunidades, mas muitas vezes tenho que optar e abrir mão de momentos com a família que me causam muita tristeza e aflição. Por outro lado isso logo passará e tenho aproveitado minhas aprendizagens na observação e educação do meu filhote.
Brincando com ele de desenhar na lousa que o presenteei fiz uma pequena provocação (isso pega em professora Íris! rsrsrsr) com a intenção de analisar suas tentativas de escrita. Depois de tanto desenhar e apagar, ele escreveu seu nome e idade (Victor 5), fiz um coração e escrevi: “filho te amo!” Lendo para ele e apontando com o dedo.
Ficou me olhando e disse que eu tinha que escrever o meu nome, então pedi que ele escrevesse pra mim do jeito que sabia e depois fizesse a leitura:
O T E J = Ja-que-li-ne
Como sempre o incentivo dizendo: que lindo, muito legal, parabéns ficou show... Pediu novamente que escrevesse “parabéns” e novamente pedi para que ele escrevesse:
T I R C = pa-ra-be-ens
Daí já se empolgou e quis escrever a frase :“que cabelinho cheirosinho” (porque ele recém tinha saído do banho e eu havia dito isso). Só que na sua escrita ficou faltando a última sílaba “nho”, pedi que lesse mais devagar e apontando, fez uma cara mais linda do que já é e disse :
_Ah, peraí um pouquinho!
Como não tinha espaço ao lado das outras letras colocou abaixo a letra “F” representando a sílaba “nho”.
O I 5 T P C I E F = que-ca-be-li-nho-chei-ro-si-nho
Busquei lá no início do PEAD minhas aprendizagens, analisei, dei uma lida em textos, conversei com as colegas na escola para entender em que fase de aprendizado se encontra.
Ele já percebeu que usamos as letras para escrita mas utilizou também o número cinco de sua idade, sabe também que as letras (ou símbolos ortográficos ) possuem som e está empregando para cada sílaba das palavras uma letra que conhece de seu nome, do meu (J) e do pai (P).
Como sempre trabalhei com terceira e quarta série (que me identifico mais) tenho certa dificuldade em entender a alfabetização, por isso se coloco aqui algum devaneio sintam-se à vontade os leitores para corrigir-me.
O importante é a observação, construção e reflexão em cima do que temos e aprendemos buscando as certezas e novas aprendizagens. Como trabalho com todas as séries (anos) inclusive na parte de alfabetização estou tentando de várias formas me apropriar do que ainda tenho dificuldade e assim tentar ajudar melhor os alunos nas atividades.
Fiquei emocionada com os ensaios de escrita do meu lindinho,isso é coisa de mãe coruja ou mãe professora?

Visitantes Ilustres: o retorno.



Mais uma vez tive a visita das professoras Íris e Rosane, agora em clima bem mais descontraído e tranqüilo com direito ao chazinho que havia prometido na outra vez e esqueci devido a grande expectativa e nervosismo.

Elas sempre carinhosas e atentas, transmitindo segurança e sabedoria em suas falas, enriqueceram o momento. Sem querer ser bajuladora e não desmerecendo os demais professores e tutores que nos acompanharam no decorrer do curso, foi uma honra ser supervisionada por estas professoras que são ícones do PEAD.

As observações não tiveram um clima tenso, mas a preocupação que envolve o TODO que representa, pois estou fazendo estágio e sendo avaliada em um novo momento, aprendizado e ambiente.

A proposta de estar no ambiente informatizado e tendo a tecnologia como base para todo o trabalho é inovador e desafiador, felizmente depois de tantos planos A, B, C feitos e refeitos acertamos o passo e seguimos cheios de idéias, propostas e novidades.

Não pensem que foi fácil, pensei em desistir, ocorreram muitas “provocações”, desafios, riscos e rabiscos e puxões de orelhas que foram necessários para o meu crescimento e formação encaminhando para o sucesso deste trabalho tão diferenciado.

Acredito que o diálogo foi essencial para estas conquistas, o debate entre os pontos de vista, falar, ouvir o que se pretende realizar e o que se tem como uma nova proposta... Olhar com um novo olhar, entrar em conflito e não em confronto.

Seguimos a caminhada, pois como diz Clarice Lispector:

“Mude, mas mude devagar, pois a direção é mais importante que a velocidade”.


Quem educa os filhos?

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Todos educam-se entre si, mediatizados pelo mundo".(Paulo Freire )
Em um desses momentos onde a depressão e o desânimo batem à nossa porta refletia sobre o trabalho realizado no estágio que fala da identidade e família, analisando um desenho feito pelo meu filho Victor de cinco anos e sua fala.
Havia desenhado ele e o pai na praça onde vão sozinhos enquanto geralmente estou trabalhando ou estudando, vejamos o diálogo:
_Este sou eu e o papai na pracinha.
_Onde está a mamãe ?
_Tá trabalhando ué !
Choquei ! Fiz mais umas perguntas e deprimi mais ainda sentindo na sua fala minha ausência e falta de tempo/vontade de brincar com ele devido a tantos afazeres.
Tenho consciência do que se passa e tento recompensar com muitos beijos e abraços entre uma atividade e outra na certeza de que não falta muito para podermos ficar mais tempo juntos, embora não se possa recuperar o que já passou.
A educação dele é um dos pontos em que nós conversamos muito, com as aprendizagens fiquei mais atenta às propostas pedagógicas e às instituições educacionais, chegamos a pensar que exageramos no modo de educar vendo tantas diferenças ao redor.
Estamos o criando para o mundo e a frase de Piaget ilustra este pensamento:
“A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.”
Penso nos alunos e nas diferenças de modos de educar, concordo com a frase de Paulo Freire, mas ainda acredito que a base da educação está na família, na história desta nas informações básicas transmitidas que forma a identidade de cada um.
Errados ou não pelo menos estamos atentos às responsabilidades do ser que estamos formando e a muitos de nossos alunos falta o básico e a base de tudo: o amor, afetividade, compromisso ... Pelo menos aquele beijinho e abraço entre uma coisa e outra com os olhos bem abertos ao que ocorre ao redor.
Tornamos-nos professores e temos que desempenhar mais algumas funções além desta dentro da escola, passamos as madrugadas e feriados estudando em prol do nosso crescimento profissional e da educação dos filhos dos outros muitas vezes deixando de acompanhar os nossos. Entramos em conflito e perguntamos:
_Valeu a pena?
Quando o sistema funciona e as propostas começam a dar indícios de mudança, quando vejo a cooperação e interação fazer parte da resolução das atividades propostas, emocionadamente respondo:
_Valeu a pena!

Visitas Ilustres



Recebi a visita das professoras Rosane e Íris, estava segura e emocionada pelas novidades que andam acontecendo que a ansiedade ficou em segundo plano.

Tivemos uma longa conversa a respeito das expectativas iniciais, o movimento de reflexão e as mudanças ocorridas para que fluísse o trabalho. A importância de refletir, fazer e refazer diante do novo olhar, as “provocações” e colocações feitas por elas foram fundamentais para que caísse do salto até a realidade.

O ponto de partida foi a observação do que temos como realidade tecnológica, o que aprendemos durante o curso e a situação dos alunos quanto a inclusão digital, nem sempre o que parece é fato. Ouvi muitas conversas sobre orkut, MSN e outras ferramentas tecnológicas utilizadas pelos alunos pensando que estariam bem integrados com as atividades por terem este contato e me enganei, pois “falar” não é o mesmo que “praticar”.

Fiz um planejamento em cima do que acreditava ser a realidade e tive que refazer muitas vezes até chegar ao que temos de fato.

Mostrei a escola após o término da aula e trocamos idéias com a coordenadora, penso que foi um momento não só de observação, mas de grande constatação e construção para todos.


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Trocando Figurinhas

Na tentativa de contagiar todos na escola com a tecnologia e tentando fazê-los perder o medo pela inovação, venho realizando as formações e auxiliando individualmente professores ,funcionários e alunos nas dificuldades encontradas.
As dificuldades partem desde o acesso aos e-mails, ligar e desligar, consultar na Internet e outros passos que hoje tiro de letra.
Cada nova aprendizagem e comentário feito, a angústia que passam entre erro e acerto, me reportam para o início do PEAD quando não tinha a pouca e crescente experiência que tenho hoje bem como a noção da grande importância das mudanças provocadas pelo mundo globalizado e informatizado.
Não tenho apenas “transmitido” conhecimentos, mas também tenho aprendido com eles. Temos trocado muitas figurinhas, recebo sites, opiniões sobre o trabalho, sou incentivada e os incentivo a superar os limites.
Acho importante falar que me ensinam e que ainda não conhecia determinados assuntos que me passam, vejo que ficam contentes e tímidos ao mesmo tempo pensando que eu sei tudo sobre tecnologia.
Hoje a tecnologia está se tornando um vício em minha vida, bem o contrário do que pensava antigamente, parte disso por trabalhar no ambiente informatizado e também por entender que muita coisa ainda não tenho conhecimento.
Certa vez quando era estudante de sétima ou oitava série e iniciavam os primeiros movimentos em prol da informatização, apareceram na minha escola um grupo de pessoas de uma respectiva escola de informática oferecendo uma meia bolsa de estudo para quem criasse uma frase de destaque sobre a computação.
Todos os alunos fizeram e fui sorteada com a frase que lembro até hoje:
“Tecnologia, um passo para o futuro.”
Curta e grossa traduzi no passado o meu presente, infelizmente naquela época não tinha condições financeiras para freqüentar o curso. Vinda de família humilde como muitos de meus alunos, guerreira e sempre correndo atrás para conseguir manter os compromissos, se não fosse a oportunidade de fazer o PEAD/UFRGS e a escola que me ofereceu um curso de informática completo, eu certamente não estaria onde estou.
Penso nos meus alunos, felizmente estão em uma nova era com a oportunidade de terem aulas informatizadas e conhecerem a utilidade da tecnologia na prática, procuro então oferecer a eles um trabalho diferenciado contagiando-os para que aproveitem o pouco que se pode oferecer e que muitos de nós não tivemos.
Penso que ao terminar o PEAD terei mais tempo para distribuir melhor meu tempo, planejar, pensar na família e trabalho, mas procurar não perder os contatos e atualizações dentro da informatização.

Conflitos e Confrontos

Falávamos em uma reunião sobre o Congresso de Educação realizado em Curitiba que os diretores de escola participaram. Trouxeram falas importantes sobre o nosso sistema educacional, de outros países e conflitos do trabalho docente.
Os grupos familiares mudaram através dos tempos e as prioridades também, trocam-se lazer por prazer, trabalho por obrigação, bens materiais por felicidade, liberdade por autoritarismo ou rejeição... Perdemos o rumo, o foco, e muitos objetivos de vida.
Quem educa nossos filhos: eu, tu, sociedade, vizinho, familiares, traficantes, escola... Internet? Por que tantos conflitos?
Trabalhamos para os filhos dos outros e deixamos os nossos de lado, precisamos juntar os conflitos, saber ouvir para solucionar e principalmente ter em mente a grande diferença entre conflitar e confrontar.
Conflitar é necessário para as grandes mudanças, pois nos dão chance de diálogo e troca para a resolução de dificuldades, enquanto que confrontar atrapalha atrasando o sucesso e o progresso de novas conquistas.
Conflitos e confrontos fazem parte da caminhada em busca da felicidade, pois esta não é o fim, mas o caminho percorrido durante a vida pessoal ou profissional doloroso ou não.

domingo, 13 de junho de 2010

Formando Parceria

Os desafios foram muitos durante o estágio por estar diretamente ligada aos projetos da escola, trabalhando com turmas inteiras em duplas ou trios nos computadores, estar à frente de um projeto inovador que são os ambientes informatizados e pela minha limitação de função.
Muitas atividades foram feitas e refeitas, criei plano A, B, C... E penso em utilizar o alfabeto inteiro se preciso for para vencer as dificuldades, pois é através da reflexão em cima da realidade que se darão novas aprendizagens.
A formação de parceria com os alunos que tem mais facilidade e habilidade com o uso da tecnologia transformando-os em monitores da turma está sendo o meu mais novo plano, visto que eles têm espontaneamente iniciado o trabalho cooperativo e realizado esta função sem perceber.
O difícil agora está sendo a seleção dos grupos, pois muitos se inscreveram e quero trabalhar com grupos pequenos utilizando o computador individualmente. Não falei exatamente os verdadeiros motivos que estão por trás do convite feito e muito me agrada a aceitação de tantos alunos se oferecerem para participar.
Contarei mais tarde e de forma natural como se fosse aquele velho hábito do ajudante do dia para não melindrar os que ainda estão em construção de suas aprendizagens, e mesmo estes terão oportunidade de ajudar os colegas durante as aulas, como incentivo a colaboração e valorização do que já tem conhecimento .

Minhas Expectativas

Realizando a cadeira eletiva de Mídias e Tecnologias nos Espaços Escolares, respondi a uma questão sobre minhas expectativas nesta interdisciplina.
Pensei no além, no que gostaria de aprender em cima do que já tenho conhecimento não levando em consideração que não seria a única aluna.
Ao realizar as atividades tive facilidade, novas aprendizagens e pensava que surgiria a qualquer momento algo muito diferente e desafiador que me colocasse e xeque-mate ou no patamar mais alto de minha escala de loucura.
Ainda estou progredindo dentro da área tecnológica e conseguindo realizar as atividades. Analisando alguns comentários caí na realidade, pois nem todos os colegas trabalham em ambientes informatizados como eu.
Embora não seja um trabalho fácil como muitos pensam, há o contato diário e a busca obrigatória de novos conhecimentos, enquanto que em algumas escolas não foram instalados os computadores ou quando os tem não são freqüentados pelos professores por “N” motivos.
Pensando na pós-graduação vejo muitos inscritos para mídias e tecnologias e isso é bom, mas quais serão suas expectativas?
Se muitos ainda se esquivam de atividades compondo as tecnologias, o que esperam aprender, o básico que pode ser desenvolvido na sala de aula e nos ambientes informatizados?
A conscientização sobre a importância e uso da tecnologia nos planejamentos é fundamental, bem como sua apropriação, antes mesmo de se atirarem cheios de sonhos e novas expectativas em uma pós-graduação dentro dessa área.