segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Visitando a Bienal

Esta formação tem me dado subsídios para refletir sobre a minha prática docente e também para acompanhar o desenvolvimento de meu filho Victor que hoje está com cinco anos.Muitas foram as vezes em que pude compreender suas atitudes diante das fases de seu desenvolvimento utilizando para isso as interdiscuplinas que fazem parte do curso como a psicologia, alfabetização, infâncias de zero a dez anos, literatura,etc. Evidenciando este fato fiz uma postagem em: http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/10/era-uma-vez.html Na área das artes foi muito prazeroso observar suas garatujas e acompanhar seu crescimento artístico. Fato é que entendendo a importância de interagir no meio artístico ,levei-o para passear no MARGS e ter acesso a obras de artistas renomados como Renoir,Cézane, Monet. Artistas brasileiros como Portinari,Almeida Junior,Iberê Camargo, Lasar Segall e Guignard que viveram na frança e foram influenciados pelo realismo em seus trabalhos. É evidente que o Victor ainda não entende da teoria que envolve a história da arte, mas as suas interpretações sobre as mesmas causaram risos e encantamento aos visitantes que estavam a sua volta, bem como elogios aos pais por estarem proporcionando desde cedo seu contato com as belas artes. Em http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/08/passeio-de-ferias.html escrevi sobre as interpretações do Victor que diante de seu olhar via nas afamadas obras desde chapéu de bruxa até barata. Os visitantes que estavam bem perto e escutavam sua fala (me pareciam pessoas bem mais entendidas que eu nesta área) faziam comentários positivos a respeito deste primeiro conhecimento que ele estava construindo.

Fazendo Arte

As interdisciplinas de teatro, música e artes mostraram novos conceitos diante dos conhecimentos, entre eles o trabalho lúdico em sala de aula e um novo olhar diante das propostas que envolvem as mesmas.Em http://jaqueaferreira.blogspot.com/2007/11/um-novo-olhar.html , escrevi:

"Lendo e realizando as tarefas desta interdisciplina confesso que me achei um dinossauro das artes,fiquei realmente chocada com minha visão e os trabalhos realizados com os alunos sobre arte".

"Acredito que as dificuldades apresentadas se deram em parte por trabalharmos pouco com o lúdico em sala de aula".

Através das leituras e atividades que envolvem a história da arte consegui uma nova interpretação sobre o trabalho dos artistas, fizemos uma visita a bienal no MARGS e os trabalhos expostos no Santander cultural faziam a conexão entre o artista,a obra e a história. Analisando o cotidiano escolar percebi que o uso de desenhos prontos e as “folhinhas mimeografadas” não facilitam a criação dos alunos, é preciso deixá -los mais à vontade para criar e recriar diante das propostas e utilizar para as mesmas uma avaliação flexível.

sábado, 9 de outubro de 2010

Quase chegando ao quarto semestre: desafios,reflexões e realidade

As oficinas de informática oferecidas pelas tutoras do pólo me foram valiosas, pois aprendi muito dentro da tecnologia e junto com meus pares que conhecem os ambientes virtuais que navegamos durante o curso.

No link http://jaqueaferreira.blogspot.com/2008/06/httpbr.html está escrito e comprovado através do meu primeiro vídeo publicado no youtube o avanço que tivemos juntas, também há a prova e análise do material construído que envolve o curso ,as aprendizagens e a vida pessoal.

O incentivo ao uso das mídias e tecnologias foi um desafio lançado pelos professores no plano individual de estudos, no qual cada aluno se comprometeu a construir conhecimentos nesta área. Escrevi na postagem do mesmo link descrito acima:

“Foram muitos os desafios em todas as interdisciplinas, entre eles o objetivo desta postagem, sobre o plano individual de estudos no qual me comprometi a avançar na área tecnológica”.

Fora do PEAD é muito difícil encontrar quem saiba o que significa ROODA, WIKI, SKIPE... Na verdade nos tornamos multiplicadores de informações nesta modalidade, muitos amigos e parentes deram seus primeiros passos com a tecnologia através do que também estávamos aprendendo, a comunicação avançou com a criação de e-mails, contas no google e skype para bate-papo.

Além do bate-papo com os amigos e parentes desfrutamos destas ferramentas para realizar atividades em grupo e pedir auxilio para professores e tutores. Os trabalhos em grupo, apesar de termos esse acesso facilitado através da tecnologia, foram complicados devido ao uso do tempo, horas de estudo e profissional de cada um.

Por falar em uso do tempo, pareceu-me que os professores leram nossos pensamentos ao lançarem a atividade sobre este tema, tivemos que preencher uma tabela no qual colocamos nossas atividades diárias (todas... ou quase todas! rsrsrsrs) que está em

http://japavi.pbwiki.com/Tempo . Com as informações criei um gráfico para análise e reflexão,colocado na postagem do blog em http://jaqueaferreira.blogspot.com/2008/08/testando.html e que renderam muitas novas direções e atitudes.

Mas como nem tudo é perfeito, cheguei à conclusão que a vida é cheia de escolhas, não é um “quindim” e precisamos seguir em frente.

A Realidade

A certa altura do segundo semestre começo a sentir o peso da responsabilidade e no que me comprometi. Os poucos dias de descanso devido a realização de interdisciplina nas férias, referentes ao primeiro semestre que fiz junto com o segundo, mais as dificuldades encontradas para fazer as atividades aplicadas diretamente aos alunos me trazem certo desconforto.

Apesar de cansada tive que seguir em frente e ir em busca de mais tempo para as horas de estudo. O lado profissional aliado ao pessoal não me deixam muita escolha, a tristeza bate e o psicológico entra em choque, as evidências do que é realmente o estudo a distância e em especial esta formação afloram derrubando por terra a minha primeira impressão: não é moleza não!

No início do terceiro semestre tivemos a “festa dos bixos”, a recepção calorosa aos novatos que aconteceu nas dependências da faculdade com um almoço maravilhoso,apresentações dos pólos e muita música. Também neste período, mais exatamente no dia seguinte a festa, sofri um grave acidente que mudaria um pouco o rumo das coisas.

Não desisti, recebi apoio sempre que precisei e procurei, mas me afastei da sala de aula durante um longo período, a realização e aplicação das atividades ficaram cada vez mais difíceis. Para driblar estas dificuldades pegava “emprestado” alunos de outras professoras titulares,vizinhos, amigos e a família.

O que percebi nas minhas postagens neste período é que ficaram um pouco sem recheio, ou seja, não é a mesma coisa aplicar e refletir sobre os trabalhos realizados com os alunos diariamente e os que fizeram meus parceiros emergenciais apesar da boa vontade de todos para me ajudar. Em http://jaqueaferreira.blogspot.com/2008/03/portiflio-3-semestre.html ,escrevi:

“... Meu portifólio de um modo geral indicou mudanças e ações cabíveis ,porém restrito ,pois por motivo de saúde estou fora de sala de aula e nem sempre posso praticar o que tenho aprendido teoricamente”.

As colegas apresentavam seus portifólios enriquecidos pelo trabalho em sala de aula e eu apresentava o que conseguia obter de acordo com a minha dificuldade, porém acredito que foram construções válidas e feitas com muito esforço e dedicação e que renderam mudanças e paradigmas.

Como de tudo na vida temos que tirar ensinamentos, até mesmo das dificuldades e principalmente delas, este período me fez refletir ainda mais sobre a busca e uso de tempo para tudo bem como o que tenho e entendo como prioridade na minha vida.

Tempos difíceis...

Utopia

Escrevi em :

http://jaqueaferreira.blogspot.com/2007/04/eu-desejo.html

“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideal e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor, para que tenhamos certeza de que viver vale a pena”.

Depois dessa longa caminhada, com as leituras feitas e as construções de novos conhecimentos percebo dentro dessa primeira postagem conceitos e referências ao cotidiano de professora e aluna.

“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro”: faz lembrar das atividades sobre tempo e espaço.

“Que ela possa vir com toda a simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos”: fala da simplicidade e cooperação.

“Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir”: da importância de saber ouvir os alunos.

“Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo”: do respeito e amorosidade que muito nos fala Paulo Freire.

“Que tenham ideal e medo de perdê-lo”: dos ideais e utopias entre a escola que temos e a escola que queremos.

“... para que tenhamos certeza de que viver vale a pena”: talvez meu olhar sonhador não consiga exprimir o que estas pequenas linhas me falam, mas com certeza elas representam o início e o fim dessa jornada que está próxima.

As mudanças profissionais e pessoais aconteceram, o pedagógico melhorou e a felicidade é o caminho e não a chegada, tudo faz parte e valeu a pena.

O Segundo Semestre

As novidades eram muitas, a emoção da recepção aos novos “bixos”, as palavras acolhedoras do Reitor, tutoras , professoras e colegas.

Uma frase ficou marcada: “sintam-se pertencentes e alunos desta Universidade tanto quanto os alunos presenciais”.

Naquele momento não tinha condições de analisar ou acreditar como isso poderia ocorrer visto que a modalidade é à distância. Como poderia estar à distância e pertencer a um grupo? Estar tão longe e perto ao mesmo tempo? Como iria conhecer meus colegas, tutores e professores? Como eles iriam me conhecer ?

A realidade é que nunca me senti só, escrevi em:

http://jaqueaferreira.blogspot.com/2007/09/voc-concha-ou-aranha.html

“Estamos em um curso pioneiro onde a necessidade de comunicação e interação se faz necessária e contínua para o bom desempenho das atividades e alcance dos objetivos. Diante de tantos desafios e provocações é fato que todo ser humano reage de forma diferente: uns choram, outros desistem, se atrasam, brigam, lutam ainda mais... outros se calam e fecham -se como conchas. Fica a certeza de que todos somos aranhas da mesma teia e precisamos dela para sobreviver.

Nossa teia é o PEAD, nós as aranhas sobrevivemos ajudando umas as outras quando respondemos aos e-mails, buscamos ajuda (professores, colegas e tutores), fazemos ou respondemos comentários, desafiamos e somos desafiados, discordamos,concordamos e debatemos opiniões ou simplesmente lembramos daquela aranha que está ausente que por alguma causa caiu da teia e tentamos resgatá-la de qualquer forma”.

Como iniciei em 2007 e o curso já estava em andamento tive que fazer uma interdisciplina a mais durante os semestres seguintes até completar o primeiro semestre.As férias foram mais curtas para os” bixos” e iniciavam os primeiros passos em torno da tecnologia.

Criei meu primeiro e-mail e com ele abriram-se muitas outras portas, portais e senhas. Comecei a utilizar termos do “Internetês”, construí conhecimentos sobre os programas (wiki, rooda, blog, skype...) e fui me adaptando.

Percebi a importância de adquirir um computador e o comprei, pois embora tenhamos o pólo super equipado e à disposição, fica muito longe de onde moro e os horários que me sobram para fazer os trabalhos não ajudam ( vivo corujando...).

Ao rever minhas primeiras postagens no blog lembrei que pensava ser este espaço um pequeno diário onde colocaria o que quisesse e para quem quisesse, ficava pedindo para as amigas pensamentos e poesias para postar, que fraquinhas eram elas.

Com o passar do tempo percebi que o blog se tornaria um espaço educacional com muitas reflexões sobre nossas aprendizagens. Aos trancos e barrancos as postagens foram melhorando e se encorpando com muitas evidências e argumentos, ficou um objetivo a ser alcançado: a interação, visitação e comentários nos blogs dos colegas que por motivo de tempo não consegui contemplar.

Retrospectivas Acadêmicas

A partir deste semestre iniciamos junto com o trabalho de conclusão de curso (TCC) uma análise do nosso percurso no Curso de Pedagogia à Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PEAD / UFRGS), que já se encaminha para o “gran finale”.
Inaugurando tardiamente este espaço não poderia deixar de relembrar o marco desta trajetória. Quando minhas colegas que entraram em 2006 andavam pelos corredores a falar em blog, wiki, rooda e outros termos desconhecidos até hoje para muita gente,inclusive os técnicos que formatam PCs, tive uma certa curiosidade e interesse em participar, mas devido a fatores profissionais e financeiros nem pensava que poderia fazer uma formação.
Pensava que estudar no módulo à distância deveria ser “mamata”, uso da tecnologia no espaço escolar era sonho, os computadores chegariam na escola depois da minha aposentadoria...e por aí vai.
Em 2007 abriram vagas e novo vestibular, convidada pela minha colega e atual comadre Rejane resisti muito para fazer a inscrição. O apoio do meu marido foi (e é até hoje)
fundamental, com palavras e atitudes de incentivo apostando no meu sucesso .
Era pegar ou largar, entraria para a história acadêmica com um curso inédito nesta modalidade ou ficaria sem luz e sem formação, pois utilizei para a inscrição o único dinheirinho que tinha para pagar a conta de luz.
Estando neste espaço emocionadamente descrevendo o início desta trajetória dá para perceber que o resultado foi muito feliz.
Muita coisa aconteceu durante estes semestres, umas tão boas e outras nem tanto, mas não tem problema pois desde muito cedo me acostumei a lutar , driblar as necessidades, construir grandes colunas com as pedras que encontro pelo caminho e que me dão sustentação para novas conquistas.
Acredito que valeu a pena e "SE ENXERGUEI MAIS LONGE É PORQUE ME APOIEI SOBRE OMBROS GIGANTES”.
Obrigada a todos que fazem parte da minha história !