quarta-feira, 29 de abril de 2009

Minhas Aprendizagens

Lendo as postagens dos colegas fiz uma retrospectiva sobre a educação desde meus primeiros passos,passei pela docência até chegar onde estou. Para cada fase de minha vida um desafio foi lançado,objetivos foram alcançados e muitas novas aprendizagens conquistadas.
Se pudesse voltar atrás certamente muita coisa faria diferente mas é preciso fazer dos erros novos acertos,para isso é fundamental reconhecer,refletir e buscar mudanças.
Houve um tempo em que falar em aprendizagem digital,internet,computador,inclusão,etnias e tantos outros temas era uma grande utopia,ríamos e comentávamos sobre os loucos que teimavam em idealizar uma educação diferente daquela que tínhamos.
Hoje passados muitos anos,mas nem tantos assim ,vemos os ideais que começam a se realizar e que continuarão a se concretizarem em um futuro onde seremos parte de lembranças e histórias.
Não sei se por causa dessas mudanças ou por estar na"generatividade", onde segundo Erikson a pessoa começa a interessar-se por outras fora de sua família imediata, com as gerações futuras e com a natureza da sociedade e do mundo em que elas viverão,fico a divagar sobre tudo que aprendi, as mudanças que tive e as que ainda terei .
Aceitar críticas,trabalhar em grupo,respeitar as diferenças,tolerar mais ,interagir e fazer prioridades na vida são algumas dessas mudanças que fazem bem particularmente e profissionalmente.
Atualmente discutimos com mais naturalidade sobre problemas raciais,etnias,trocamos experiências sobre tecnologia e inclusão.
Assistindo a uma entrevista no "Programa do JÔ" com uma repórter com síndrome de down chamou atenção a naturalidade da entrevistada ,o amor ao trabalho e a vida que ela transmitia. Uma pessoa verdadeira e transparente ,com opiniões e atitudes capazes de transformar qualquer um de nós em meros espectadores.
Se o preconceito existe é porque primeiro surgiram os preconceituosos,temos muito a aprender e muita interação para realizar,como diz o ditado:"não julgue um livro pela capa.Aprenda primeiro a ler o que tem dentro".

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Iguais na Diferença



Gostei muito do trocadilho utilizado nesta campanha "iguais na diferença",além do que reúne uma série de aspectos tais como : trabalho ,acessibilidade,etnia,sentimentos e outros.
É importante salientar que o portador de necessidade especial muitas vezes é dotado de outros dons podendo ser adaptado e aproveitado no mercado de trabalho. Vemos muitos exemplos por aí, deficientes visuais com lindas vozes,pessoas sem braços que fazem pinturas como podem,deficientes auditivos bailarinos...Deus fecha uma porta mas deixa aberta uma janela.
Pensando assim acredito ser um bom ponto de partida para a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, a descoberta do que eles podem e gostam de fazer,o dom que cada um carrega ou vai descobrir que tem. Dessa forma,lembrando da nossa colega Jurema,a música ou a dança pode ser o ponto de partida com seu aluno bailarino,boa vontade se tem porém vamos esbarrar nos problemas de sempre a falta de coleguismo e apoio por parte da comunidade escolar e governantes.
Falando um pouco dos outros temas desenvolvidos no vídeo,chama a atenção os sentimentos das pessoas portadoras de necessidades (e suas famílias também) na parte que cantam :"eu não sei viver triste e sozinho".Esta frase reúne toda dificuldade por eles encontrada sem que precisemos relatar o que se passa até chegar a esta condição.
Analisando e refletindo ,tento passar para meu filho de quatro anos que está em plena construção de personalidade e valores,a idéia de que somos iguais nas diferenças. Deixando os preconceitos de lado podemos enxergar que somos iguais mas que nos vemos diferentes devido a regiões e culturas diversas.
Realizando as atividades deste semestre pensando e repensando em tudo que já aprendi e que ainda vou aprender ,estou chegando à conclusão de que na verdade nossa etnia resulta de mesclas de outras anteriores.Começo a perceber que etnia tem a ver com grupo social de mesma cultura,lingua , histórias comuns e que pertencemos a uma única raça ... "humana"!
Que belo Projeto de Aprendizagem isso daria não é mesmo?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Repensando a Inclusão

Considero que qualquer tipo de deficiência,leve ou grave ,traga desconforto e preocupação por parte do portador ou pelos que o cercam. Devido a sequelas motoras herdadas de um acidente estou me preparando para atender no laboratório de informática da escola.
Claro que meu caso nem se compara com a fragilidade e gravidade de muitos outros mas de certa forma mudou meu estilo de vida e trabalho,que requer uma nova adaptação.
O Projeto de Aprendizagem do qual participo( http://decodificandocodigos.pbwiki.com/ ) inicialmente estava direcionado aos códigos de barra e depois rumou para a alfabetização de portadores de deficiencia visual.
Lendo as avaliações dos colegas e reavaliando o que criamos sinto a importância de repensar sobre a necessidade de cada um dos alunos que serão atendidos. Um dos questionamentos feitos pelos colegas sugere que busquemos mais informações sobre a metodologia de ensino dentro da área da informática.
Pensando nisso vejo que preciso ajustar os trabalhos a serem realizados por mim no laboratório,visto que há vários tipos e graus de necessidades especiais.
Através dos vídeos,textos,fóruns e troca de aprendizagens com os pares é importante adaptar e preparar este novo ambiente para que possa acolher a todos.
Todo o cuidado é pouco se realmente quisermos fazer um ambiente diferente ,prazeroso e inclusivo,devemos levar em consideração as aprendizagens recebidas em todas as interdisciplinas ,desde a maneira de como analisar e tratar problemas que possam vir a existir até a escolha do software adequado a fase de cada um.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Reflexos da alma

Inicio esta postagem parabenizando o belíssimo,místico e dinâmico encontro presencial na interdisciplina "QERESH"(Questões étnico-raciais na educação:sociologia e história). AXÉ !!!
Falo em místico porque a dinâmica realizada em busca da nossa ancestralidade me fez refletir sobre quem sou realmente,quais elementos me caracterizam,quais as marcas herdadas dos antepassados e quais as que repassarei.
O ápice pra mim foi o encontro comigo mesma ao me ver no espelho,o olhar com outros olhos,que em certo momento não me reconhecia e ao mesmo tempo era como se muitos olhares (que não era o meu) me observassem.
Eu era negra, espanhola,japonesa,portuguesa,francesa...brasileira!
Vi as marcas da família que conheço (e que teimo muitas vezes em querer apagar)e por trás muitas outras desconhecidas cujos traços de geração em geração me formaram.
Pensando assim,falando cientificamente,acredito ser desnecessário os movimentos racistas,pois não temos garantia de que somos etnicamente puros.Seguindo as várias tendências religiosas podemos encontrar que:"somos imagem e semelhança","encarnamos e reencarnamos"...Então de que cor é nossa alma?
Tenho como fato que nenhum ser pode ser julgado ou discriminado pela cor de sua pele,aliás não devemos discriminar de forma alguma,mas aceitar que somos diferentes e não precisamos nos afastar por este motivo.

Em busca do tempo perdido


Assistindo a um documentário sobre a terceira idade lembrei de uma de muitas novas aprendizagens que tive durante este percurso acadêmico.
Perguntou o repórter a um senhor de 79 anos o que ele mudaria em sua vida se pudesse voltar atrás. O sábio idoso respondeu:
_Administraria melhor o tempo.
Pois bem,não cansarei em lembrar e relembrar desta frase juntamente com o trabalho norteador de um dos semestres no qual falamos do uso do tempo.
A cada momento precisamos refletir o que de útil estamos fazendo , já fizemos ou ainda faremos na nossa vida para que nela deixemos registrada a nossa passagem,seja ela na área profissional ou pessoal.
Enganam-se os que dizem que o ensino não mudou e mais ainda enganados estão os que teimam em achar que os movimentos em prol de uma nova educação ,mais inclusiva e participativa são apenas devaneios.
Ora,meus amigos,olhemos para o tempo que já passou e veremos que muito já se modificou e que há muito ainda o que fazer,o que não se pode negar é a nossa participação nessas mudanças. Mesmo que ainda reprimidos ,esculachados pela mídia,mal remunerados e culpados por todos erros que nossos educandos venham a cometer temos em nossas mãos sementes que precisam ser semeadas e regadas para que no futuro outros colham os frutos.
Pensemos e aproveitemos então o máximo de nossa vida profissional e pessoal,façamos de cada dia um novo começo deixando semeado e fortalecido o futuro.
Como diz Dalai Lama:
Só existem dois dias no ano em que você não pode fazer nada pela sua vida: ontem e amanhã