segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Considerações finais

Está chegando a hora do “Gran Finale”, estou envolvida neste momento no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), obrigatório para a conquista da graduação em Pedagogia, modalidade à distância da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PEAD/UFRGS). Agora é hora de colocar no papel sobre as teorias e teóricos que direcionaram o trabalho, os nervos estão aflorados e as lágrimas correm, coragem é a palavra de ordem.

Muitos foram os desafios, encontrei contratempos, pensei em desistir e em insistir, ora queria parar e em outra continuar, mas aqui estou... Sobrevivente!

Analisando o trabalho que teve início em 2007, fico grata em perceber o quanto cresci construí e reconstruí muitas aprendizagens, e se hoje me encontro neste patamar é porque me apoiei em ombros gigantes.

Este espaço evidencia um trabalho que para muitos e até por mim mesma era desacreditado, pois o que esperar de uma formação à distância, moleza? Que nada!

Foi um trabalho árduo e dedicado que traz provas de meu crescimento tecnológico e pedagógico, atuando no ambiente informatizado da escola e procurando articular professores e alunos em prol da inclusão digital. Bom lugar para quem não tinha computador nem e-mail, não conhecia as ferramentas da tecnologia, deletou muitos trabalhos por não salvar e muito menos sabia copiar e colar gravuras ou navegar na Internet.

Blog, rooda, wiki... Que é isso? Via as colegas pelos corredores a falarem nestes ambientes estranhos e hoje me vejo a incentivar o uso dos mesmos e outros pelos professores e alunos. As postagens iniciais eram simples, muitas nada a ver com o que esperavam os professores, hoje são carregadas de argumentos e evidências.

As apresentações dos portifólios nos finais de semestre de início foram mais acanhadas, mas a criatividade aflorou mostrando que a superação era uma meta e sem preconceito exerci minha negritude, como ficou registrado na postagem do blog em http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/08/olaprofessorestores-e-colegas-para-quem.html

A falta de tempo foi minha maior dificuldade, pois com tantos afazeres estudava na madrugada enquanto todos dormiam, dificultando as trocas on-line , os trabalhos em grupo e até mesmo a ajuda dos professores e tutores.

O Reitor em seu discurso de boas vindas aos calouros disse: “sintam-se acadêmicos desta faculdade tanto quanto os demais em modalidade presencial”. E assim nunca me senti só, mas há pessoas e trabalho por trás dessas palavras que garantiram o sucesso deste curso pioneiro.

Por este motivo deixei propositalmente para escrever sobre o Seminário Integrador nesta última postagem. A dupla Beatriz e Íris que nos acompanha desde o início e responsáveis pela costura entre as interdisciplinas foram incansáveis e imbatíveis,tanto é que estão sendo lembradas e homenageadas em nossa colação de grau.

Conhecidas em nosso meio acadêmico como as “BIRIS” e tendo a ajuda dos professores e tutores conseguiram manter o grupo virtual mais presencial que conheço.

Dedicação na resolução de problemas tecnológicos, compreensão nas intempéries da vida, na dificuldade de realizar os trabalhos, problemas pessoais, profissionais e de personalidade marcaram a presença destas duas na minha vida acadêmica e acredito que na de muitos outros.

Mas não pensem que tudo foram flores... Elas nos provocaram, cutucaram, ora eram nossas heroínas e em outras as vilãs e de tanto chorarmos criaram o “muro das lamentações” onde colocávamos nossas aflições.

Com esta longa caminhada lado a lado nos conhecem como ninguém: o modo de escrita, o temperamento, quem fica mais nervosa com o que, o que faz e o que não consegue fazer sem ajuda.

Vi durante este percurso os ensinamentos de Paulo Freire percorrerem nossas aprendizagens, com exemplos de amorosidade e coragem pra continuarmos com as mudanças que são difíceis mas possíveis, através da competência dos professores e tutores que estiveram conosco. Agradeço pelo processo de reflexão que tive diante da minha prática que foram mediados pelo constante incentivo de todos.

"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão." (Paulo Freire).

“Não somos o que deveríamos ser; não somos o que queríamos ser; mas graças a Deus, não somos o que éramos.” (Martin Luther King).

Agora é tudo ou nada!

O tempo passou e agora olho para trás relembrando o início de toda esta caminhada.

Chegou o momento de colocar em prática todas as aprendizagens construídas e reconstruídas através do estágio obrigatório para a conclusão do curso. Este momento parecia tão distante quando aqui cheguei e agora se torna um grande desafio, maior do que poderia imaginar.

Não esquecerei a frase da Professora Bea na primeira presencial do Eixo VIII: “estás consciente de que teu estágio será mais difícil do que os outros?” Isso porque desenvolvi meu estágio dentro do ambiente informatizado (AI), que é um ambiente novo dentro da escola, completando este mês apenas um ano.

As expectativas para este trabalho foram muitas para todos, principalmente para mim que estava afastada da docência por motivos de saúde, e cheguei caindo de pára-quedas dentro de um local que traz a esperança de uma educação inovadora.

Ao iniciar meu estágio pensava que os alunos já estivessem construído seus conhecimentos sobre o uso do computador, da Internet, ferramentas do Word e as TICs (tecnologias da informação e comunicação) tendo em vista o movimento que cresce em prol da inclusão digital e suas falas em orkut e MSN. Também imaginava que os professores estariam preparados para utilizarem este espaço de forma pedagógica para o enriquecimento de seus planejamentos.

Pensei,pensei,pensei... Só pensei!

Tive muitas dificuldades para conseguir adaptar meu planejamento em torno da realidade em que me encontro, procurei caminhos e caminhei muitas vezes solitariamente pelos mesmos em busca de explicações e soluções para desenvolver as atividades. A companhia das professoras e tutoras, em especial Íris e Rosane, foi meu porto seguro que em meio a tantas provocações fizeram com que encontrasse o rumo.

Pensando em tudo que foi feito durante este período de estágio, posso concluir que utilizei um pouco de tudo que aprendi em todas as interdisciplinas tais como: o uso das tecnologias, incentivo à comunicação (com a aluna deficiente auditiva da escola), inclusão (aluna com problemas motores), planejamento (individual e paralelo), o letramento (com os alunos do segundo ano que tenho bastante dificuldade), as questões étnico raciais que deram o tema “Identidade” ao meu trabalho e também a ludicidade e a importância do brincar.

Tudo e todos foram importantes para esta etapa, pois os conhecimentos adquiridos foram elementos fundamentais para minhas reflexões e transformação.

Chegando ao Eixo VII

Comunicação foi tudo para este eixo, o incentivo para entender que há muitas formas de se comunicar e interpretar as mensagens marcaram esta caminhada.

Como mãe,esta interdisciplina veio na hora certa pois meu filho estava em uma creche e me deixava muito preocupada com suas narrativas. Aprendi que tanto em casa como em outros locais as crianças misturam realidade e ludicidade,mas há de se prestar bem a atenção para o que é narrado que no fundo podemos captar fatos que podem estar influenciando positiva ou negativamente em seu desenvolvimento.

Por não entender bem a fase de desenvolvimento em que se encontrava o Victor,pensávamos que ele estava criando pequenas “mentiras” e preocupados com a moral e os bons costumes até o recriminávamos pelos fatos. Felizmente através das leituras e propostas nas atividades pude ficar mais tranqüila e acompanhar com mais entusiasmo suas histórias,que como escrevi na postagem do meu blog em: http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/10/era-uma-vez.html ,foram muito incentivadas desde cedo.

O interessante deste semestre também foi entender através da história da educação de jovens e adultos , que a narrativa dos mesmos na fase de alfabetização também traz fatos de seu cotidiano. Além disso também pude entender melhor as políticas públicas e o movimento em prol da história do projeto SEJA (serviço de educação de jovens e adultos ) que foi implantado na nossa escola há muito tempo, fortalecendo a apresentação dos pôsteres na presencial com a interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos no Brasil,onde fizemos encerrando os trabalhos da mesma, que consta em http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/12/educacao-de-jovens-e-adultos.html

Neste semestre também tivemos a interdisciplina de didática , planejamento, avaliação e projetos que me colocou em situações de conflito e reflexões sobre a inclusão.

Também pude constatar que meu forte não é a alfabetização e talvez por este motivo tenha garantido, durante minha vida docente , mais experiência com terceira e quarta série.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A moral e os bons costumes.

O EIXO VI me trouxe grande suspense e surpresa quanto às interdisciplinas de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais (EPNE) e Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História.

Sem ser preconceituosa, mas pensando em quem possa ser, tinha as seguintes indagações:

· O que vamos aprender nestas interdisciplinas?

· Será racismo falar em racismo e na história dos negros?

· O que uma professora deficiente auditiva vai ensinar? Como?

· Será que estas presenciais vão ser polêmicas e chatas?

Imaginei uma aula presencial onde os alunos ficariam completamente calados, não entenderíamos e nem conseguiríamos nos comunicar com a professora de EPNE.

Foi uma surpresa incrível, uma das aulas presenciais mais animadas que tivemos.

Com a ajuda de uma intérprete no primeiro momento interagimos alegremente e a certa altura nos demos por conta que a professora era muito “tagarela”, exclamamos: “Como ela fala!” Foi uma risada em coro após a tradução da intérprete.

Em um segundo momento já estávamos nos acostumando com a interação, tentamos uma comunicação sem a intérprete e também aprendemos algumas expressões em LIBRAS.

O que aprendi com as atividades nesta interdisciplina foi perder o medo de me comunicar com os portadores de necessidades especiais, principalmente os deficientes auditivos, que por vezes já tive contato, mas fiquei retraída. O importante é tentar a comunicação seja ela gestual, em LIBRAS, corporal, apontando... Olho no olho.

E a professora Marilene Paré? Que encanto de criatura!

Presumi que seria uma aula onde certamente teríamos debate, confrontos e conflitos diante do tema polêmico que visa o resgate de cultura e etnia.

Com seu “AXÉ” cativou a todos em uma presencial mística e cheia de energia positiva.

As atividades iniciais fizeram com que nos percebêssemos multicoloridos, resgatando nossa identidade e ancestralidade, como escrevi na postagem:

http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/04/reflexos-da-alma.html e

originando desta minha temática para o portifólio de final do semestre que encontra-se em http://www.youtube.com/watch?v=jHJZwSaFj5Y dando suporte para minha arquitetura pedagógica no estágio .

O enfoque na psicologia tratou de como ocorre a aprendizagem, os estádios do desenvolvimento e o método clínico piagetiano. Mais uma vez pude experimentar os conhecimentos adquiridos na observação do comportamento e atitudes dos alunos e também em casa com meu filho.

Diante da falta de tempo para aprofundar os conhecimentos sob o enfoque da construção do conhecimento, da ação e interação, a professora Luciane formou um grupo de estudos onde eu e mais alguns colegas todas as quartas-feiras tínhamos um encontro na UFRGS para debatermos e estudarmos sobre Piaget.

A interdisciplina de filosofia fez a costura entre as demais deste eixo fazendo-nos refletir sobre a moralidade, argumentos, premissas e evidências.

Diante das atividades e leituras tivemos a oportunidade de repensar sobre nossas atitudes, corretas ou não do ponto de vista da moralidade na qual fomos criados e educados,a direção e reflexão do homem pelo homem ante suas ações pessoais e profissionais.

E como diria a Professora Marilene... AXÉ!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Psicologicamente abalada!

Choquei! Acabo de fazer a inscrição de meu filho no primeiro ano do ensino fundamental.

Bah! Como o tempo passou depressa!

A formação no PEAD me deu subsídios para refletir sobre a escola que ele freqüentará, a proposta pedagógica da mesma e até mesmo para acompanhar seu desenvolvimento e construção do conhecimento.

Vejo-me a observar a estrutura da escola, o trabalho dos colegas, as dinâmicas e estratégias. Escolhi colocá-lo na mesma escola em que trabalho primeiro pela comodidade de ir e vir comigo, mas o que teve um peso maior foi saber que a nossa escola embora sendo uma instituição pública esteja estruturada e progrediu bastante em termos pedagógicos e tecnológicos.

Temos profissionais capacitados e estrutura condizente com o crescimento de um novo modelo de educação, nesta etapa estamos reformulando o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e posso refletir através das atividades e leituras feitas no EIXO V, os caminhos e encaminhamentos que fazem parte desta construção.

Pensar em organização e gestão me faz pensar também na convivência e psicologia da vida adulta, as aprendizagens não contemplam apenas o Serviço de Educação de Jovens e Adultos (SEJA) que temos na escola, mas também questiona a transformação dos adultos, os relacionamentos afetivos,trabalho e educação diante do um novo modelo educacional que almejamos.

Comemorando.

No final do mês que passou completei mais um ano de matrimônio (agora são oito) e desde que nosso filho nasceu ele faz parte dos passeios e comemorações.

Este ano resolvemos mudar e deixamos o rebento com a vovó,passeamos bastante e a certa altura do dia já batia uma saudade e um vazio inexplicável do garoto.

Foi um dia especial e agradável,diferente da correria dos demais não só pela comemoração mas também por estarmos em uma nova fase de vida.

Entre outras coisas tivemos um dia inteiro para refletir em torno da convivência com a família, planos para o futuro, fizemos “DR” (discutir a relação rsrsrsr), analisamos nossa relação com os amigos, fomos ao teatro, falamos do filhote e repensamos ações do cotidiano.

Observei que esta postura e muito do que conversamos tem conexão com o que aprendi na interdisciplina de psicologia: convivência, as diferentes fases da vida, o desenvolvimento infantil e até mesmo explicar o vazio que estávamos sentindo. Será que já iniciamos um processo precoce de síndrome do ninho vazio?

Muitos casais, segundo o que li sobre o assunto, dedicam-se e ficam tão acostumados com a presença dos filhos que a certa altura da vida tem que se readaptar às rotinas diante da ausência dos mesmos.

Sobre este assunto fizemos um trabalho em grupo, na interdisciplina de psicologia com o nome de "Síndrome do ninho vazio e Geração canguru", apresentado no 4ºSalão de Graduação e 5º Salão de Educação à Distância na UFRGS e encontra-se no link:

http://projetostematicos.pbworks.com/Gera%C3%A7%C3%A3o+Canguru+e+S%C3%ADndrome+do+Ninho+Vazio

O evento foi grandioso e como relatora me senti muito valorizada, na postagem

http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/05/blog-post_8816.html coloco um pouco do que aconteceu nesta estréia:

“Deu aquele "friozinho na barriga" devido a grande responsabilidade de representar o grupo, os demais colegas ausentes, nosso pólo (Alvorada) e todo o trabalho que os professores e tutores vêm desenvolvendo.

Estou muito feliz com a participação e incentivo dos colegas, tutores e professores manifestados por e-mails e também pessoalmente, depois da apresentação tudo virou festa”.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sonhar faz bem !

O ensino tradicional do qual saíram a maioria de nós educadores do PEAD,fez com que trouxéssemos para a sala de aula heranças de uma proposta baseada na transmissão e recepção do conhecimento, que muitas vezes resultou em formadores passivos e nem tão críticos, incapacitando um movimento de transformação no meio em que se vive.

Felizmente diante desta formação (Pedagogia à distância PEAD/UFRGS), inicia-se um novo ciclo diante dos futuros cidadãos que queremos formar com a característica de homens de visão para converter idéias em ações,proporcionando mudanças sociais e ecológicas no ambiente em que está inserido.

Iniciamos os trabalhos do EIXO IV fazendo um resgate do fazer-se professor, uma reflexão sobre nossas idéias, representações e sentimentos que refletiram em um novo olhar diante da prática. Tivemos durante todo este processo professores preparados para nos desafiar e desequilibrar diante das situações e conhecimentos prévios.

Na interdisciplina de matemática pudemos perceber quanto os números estão presentes no nosso dia a dia. Classificamos,comparamos,seriamos e construímos de forma a compreender como se dá este conhecimento e o caminho percorrido pelos educandos até a apropriação dos mesmos.

Reavaliamos nossa relação com a natureza e tentamos encontrar um equilíbrio. As atividades direcionaram para um melhor planejamento onde o aluno possa compreender a importância de cuidar do meio ambiente e praticar ações cabíveis de preservação do mesmo.

E pensar que tudo isso começou com um sonho... O desejo de acompanhar melhor a nova geração globalizada e informatizada que forma hoje nossos alunos.

Na angústia de estar pedagogicamente ultrapassada procurei esta formação sem perceber que sonhar é o primeiro ingrediente do planejamento pedagógico.

Hoje posso dizer que embora ainda me falte muito para chegar à perfeição sou uma educadora que tem um novo olhar sobre o trabalho docente,bem diferente da metodologia tradicional na qual fui educada.

E como diz Madalena Freire:

“Todo fazer pedagógico nasce de um sonho. Sonho que emerge de uma necessidade, de uma falta que nos impulsiona na busca de um fazer. Sonhamos porque vivemos alimentados por nossas faltas”.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma professora quase perfeita.


André Guedes e Jaqueline

Ainda refletindo sobre as aprendizagens acredito que é preciso trabalhar mais com a dramatização (teatro) em sala de aula e levar as crianças a novas opções de passeios para além do “zoológico e cinema” de cada ano nas comemorações da semana da criança.

Através das interdisciplinas me apropriei de novos conhecimentos e renasceu em mim o gosto pelas artes e teatro, assistir a peças teatrais e dramatizar faz transbordar a imaginação, é o limite entre o real e imaginário.

Este ano nossa escola foi no Teatro Zé Rodrigues antes dos “outros” passeios, fomos assistir a peça “Brincando com o Livro Mágico” e as crianças adoraram. A peça fala da leitura, do conhecimento, do computador e da importância de cada um na nossa vida.

Desde que me tornei educadora, já se vão longos 24 anos, fui ao teatro com os alunos apenas uma vez enquanto que outros passeios parecem fazer parte do currículo. O que recordo fora este único contato são as apresentações de teatro de bonecos feitas pelo colega, amigo e maravilhoso artista André Guedes no pátio da escola e na Feira do Livro do nosso Município, que (não querendo desmerecer os demais artistas e apresentações dos alunos) já não tem o mesmo brilho sem a sua presença.

E por falar em André Guedes, que agora tem alçado vôo para encantar as cidades turísticas da serra gaúcha, fui ao Teatro Bruno Kiefer na Casa de Cultura Mario Quintana para assisti-lo na peça ”Uma professora quase perfeita”. Adorei!

Pela primeira vez assisti a uma peça para adultos, mas com o talento de sempre do artista. Ele cativa e interage com o público, já me fez pagar mico cantando para os alunos e desta vez não foi diferente, havia me esquecido deste detalhe e empolgadíssima sentei na primeira fila... Paguei mico novamente entrando no enredo da história!

Tudo aconteceu naturalmente e em certo momento me confundia entre o André e a “professora”, criador e criatura que sempre me encanta. Além de sua entrada inesperada (estava pensando que entraria direto no palco e entrou pela lateral do público) é preciso desacostumar os sentidos viciados pelas mídias e interagir com o artista, pois neste tipo de apresentação não há “replay” nem “pause”.

“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. (Charles Chaplin)