O EIXO VI me trouxe grande suspense e surpresa quanto às interdisciplinas de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais (EPNE) e Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História.
Sem ser preconceituosa, mas pensando em quem possa ser, tinha as seguintes indagações:
· O que vamos aprender nestas interdisciplinas?
· Será racismo falar em racismo e na história dos negros?
· O que uma professora deficiente auditiva vai ensinar? Como?
· Será que estas presenciais vão ser polêmicas e chatas?
Imaginei uma aula presencial onde os alunos ficariam completamente calados, não entenderíamos e nem conseguiríamos nos comunicar com a professora de EPNE.
Foi uma surpresa incrível, uma das aulas presenciais mais animadas que tivemos.
Com a ajuda de uma intérprete no primeiro momento interagimos alegremente e a certa altura nos demos por conta que a professora era muito “tagarela”, exclamamos: “Como ela fala!” Foi uma risada em coro após a tradução da intérprete.
Em um segundo momento já estávamos nos acostumando com a interação, tentamos uma comunicação sem a intérprete e também aprendemos algumas expressões em LIBRAS.
O que aprendi com as atividades nesta interdisciplina foi perder o medo de me comunicar com os portadores de necessidades especiais, principalmente os deficientes auditivos, que por vezes já tive contato, mas fiquei retraída. O importante é tentar a comunicação seja ela gestual, em LIBRAS, corporal, apontando... Olho no olho.
E a professora Marilene Paré? Que encanto de criatura!
Presumi que seria uma aula onde certamente teríamos debate, confrontos e conflitos diante do tema polêmico que visa o resgate de cultura e etnia.
Com seu “AXÉ” cativou a todos em uma presencial mística e cheia de energia positiva.
As atividades iniciais fizeram com que nos percebêssemos multicoloridos, resgatando nossa identidade e ancestralidade, como escrevi na postagem:
http://jaqueaferreira.blogspot.com/2009/04/reflexos-da-alma.html e
originando desta minha temática para o portifólio de final do semestre que encontra-se em http://www.youtube.com/watch?v=jHJZwSaFj5Y dando suporte para minha arquitetura pedagógica no estágio .
O enfoque na psicologia tratou de como ocorre a aprendizagem, os estádios do desenvolvimento e o método clínico piagetiano. Mais uma vez pude experimentar os conhecimentos adquiridos na observação do comportamento e atitudes dos alunos e também em casa com meu filho.
Diante da falta de tempo para aprofundar os conhecimentos sob o enfoque da construção do conhecimento, da ação e interação, a professora Luciane formou um grupo de estudos onde eu e mais alguns colegas todas as quartas-feiras tínhamos um encontro na UFRGS para debatermos e estudarmos sobre Piaget.
A interdisciplina de filosofia fez a costura entre as demais deste eixo fazendo-nos refletir sobre a moralidade, argumentos, premissas e evidências.
Diante das atividades e leituras tivemos a oportunidade de repensar sobre nossas atitudes, corretas ou não do ponto de vista da moralidade na qual fomos criados e educados,a direção e reflexão do homem pelo homem ante suas ações pessoais e profissionais.
E como diria a Professora Marilene... AXÉ!
Um comentário:
Oii Jaque! Foi um semestre muito interessante, interativo e significativo! Falas de aprendizagens como aproximação com o outro, muita comunicação e aprofundamento nas reflexões sobre a própria vida e visão de mundo! Muito bom. Bjs, Maura - tutora do SI
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